As informações do IDB são atualizadas anualmente. Sugerimos consultar a versão mais recente (http://www.datasus.gov.br/idb). |
Indicadores e Dados Básicos - Brasil - 2008
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Em 2008, o folheto do IDB aborda o tema “doenças emergentes e reemergentes”, uma importante questão de saúde pública associada a fatores socioeconômicos e ambientais. No Brasil, a aids se destaca como uma doença emergente; exemplos de doenças reemergentes são a dengue e a leishmaniose visceral. A dengue ressurgiu no país em 1986, e a partir da segunda metade da década de 90 a sua incidência assumiu relevância, em função da progressiva dispersão do vetor e da circulação de diferentes sorotipos do vírus. O mapa da capa mostra a distribuição das taxas de incidência da dengue por município em 2007, quando foram notificados quase 500 mil casos da doença. Diferente de anos anteriores, a maior incidência da dengue foi observada na região centro-sul do país. Na contracapa, a Figura 1 mostra a ascensão da incidência de dengue em relação às hospitalizações pela doença. Ao final dos anos 80, ocorriam casos esporádicos e epidemias localizadas, pelo sorotipo 1 do vírus. Na década de 1990, o número de casos e hospitalizações aumentou significativamente, com a introdução do sorotipo 2. A entrada do sorotipo 3, em 2000, contribuiu para a notificação de mais de 800 mil casos em 2002, com 55 mil hospitalizações. Novo recrudescimento é observado a partir de 2005, com a circulação simultânea de diferentes sorotipos do vírus, fator descrito como associado à ocorrência de formas graves. Em relação à leishmaniose visceral, a Figura 2 mostra gradativa expansão geográfica da doença desde a década de 90, quando cerca de 90% dos casos estavam concentrados na região nordeste. Em contraste, quase metade das ocorrências no último período analisado (2001-2007) corresponderam às regiões sudeste (18%), norte (17%) e centro-oeste (8%). A urbanização da doença é um aspecto importante da situação atual. A epidemia de aids apresenta certa tendência à estabilização, porém com mudanças de algumas características. Houve redução na relação da ocorrência de casos entre homens e mulheres, expressa pela razão de sexo (Figura 3); exceto na faixa etária entre 13 e 19 anos, na qual o predomínio de casos do sexo feminino ocorre desde 1997. A mortalidade pela aids foi influenciada pela introdução da terapia antirretroviral, assegurada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 1996. Como mostra a Figura 4, as taxas de mortalidade por aids foram crescentes até 1995-1996, quando se inflectiram, com comportamentos diversos. Na região sudeste, onde eram mais elevadas, o declínio se manteve. As demais regiões não seguem tal tendência, possivelmente por influência de fatores como a interiorização da epidemia, diagnóstico e acesso aos serviços. Os dados apresentados neste folheto representam uma síntese da base completa da RIPSA disponível na página do DATASUS (www.datasus.gov.br/idb). Esta é a fonte recomendada para obtenção de dados de séries históricas dos indicadores da RIPSA, alterações relativas a dados publicados anteriormente e informações técnicas mais detalhadas sobre estes e outros indicadores. | ||
Expediente
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Convenções
(...) | Dado numérico não disponível. |
(-) | Dado numérico igual a 0 não resultante de arredondamento. |
(0; 0,0; 0,000) | Dado numérico igual a 0 resultante de arredondamento de um dado originalmente positivo. |
(x) | Dado numérico omitido na construção do IDB 2008. |
(..) | Não se aplica dado numérico. |
A soma das parcelas pode não coincidir com o total, em função de arredondamentos efetuados nos dados parciais. |