Indicadores e Dados Básicos - Brasil - 2006
Folheto do IDB-2006

O IDB-2006 traz como tema do ano a Saúde do Homem, vista por meio de alguns indicadores importantes, apresentados na capa e contracapa deste folheto.

O sexo masculino predomina entre os nascimentos vivos (o Sinasc registra cerca de 5% a mais de meninos, ao nascer) e apresenta maior mortalidade em todas as idades, até os 79 anos. Como se pode observar no gráfico 1, o excedente de mortes masculinas é mais acentuado nos grupos etários de 15 a 29 e de 30 a 39 anos, nos quais a proporção de homens no total de mortes ocorridas foi, respectivamente, de 80% e 73% em 2004.

Esse fato se reflete na expectativa de vida ao nascer, expressivamente maior para o sexo feminino, como mostra o gráfico 2. Embora a vida média dos homens tenha aumentado de 59,7 para 68,4 anos entre 1980 e 2005, desde 1991 ela vem se mantendo 7,6 anos abaixo da média para as mulheres.

As principais causas de morte no sexo masculino são as doenças do aparelho circulatório, seguidas das neoplasias e das causas externas. Entretanto, o panorama é diverso quando se desagrega os dados por causas específicas e por faixa etária, conforme apresenta o gráfico 3, que detalha as cinco primeiras causas em 2004. Entre homens jovens (15-29 anos), todas as cinco são causas externas (76% dos óbitos totais nessa idade), com destaque para as agressões e os acidentes de transporte. Na faixa intermediária (30-59 anos) a distribuição das causas é mais homogênea, preponderando causas externas e doenças do aparelho circulatório. Entre os idosos, as três primeiras posições são ocupadas por doenças do aparelho circulatório, que representam mais de um terço das mortes. Cabe observar que as neoplasias, quando analisadas isoladamente por suas localizações específicas, não aparecem entre as cinco principais causas de morte nos três grupos etários analisados.

O quadro 1 mostra que as lesões decorrentes de causas externas motivaram parcela considerável (28%) da hospitalização de homens de 15 a 29 anos em 2005. Na idade de 30 a 59 anos, foram mais freqüentes (15%) as doenças do aparelho digestivo, superando em pouco as doenças do aparelho circulatório e as causas externas. A partir dos 60 anos, predominaram as doenças dos aparelhos circulatório (29%) e respiratório (18%), despontando as neoplasias como quarta causa de internação. Notem-se ainda os transtornos mentais, que pesam na hospitalização de homens jovens e adultos, e cuja associação com o uso/abuso de álcool (mais da terça parte dos casos) pode ser evidenciada pelo detalhamento dos dados.

É importante a realização de estudos que identifiquem questões de gênero associadas à menor procura da população masculina por serviços de saúde, assim como ao seu processo de adoecimento.

O mapa da capa ilustra a distribuição da taxa de mortalidade por agressão em homens jovens, um aspecto relevante da atual situação de saúde no Brasil. As microrregiões com taxas mais elevadas se situam em áreas litorâneas do sul da Bahia até o sul de São Paulo, no interior pernambucano e noroeste da Bahia, nos estados de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso e em áreas de expansão na região Norte, como Roraima e sul do Pará.

Os dados aqui apresentados foram selecionados da base completa do IDB na Internet (www.datasus.gov.br), onde poderão ser encontradas outras informações relevantes para compor o perfil da saúde masculina no Brasil. Na edição integral do IDB estão indicadas revisões de conceitos e de fontes de dados que foram introduzidas na versão 2006. Portanto, a base completa de dados é a fonte de consulta recomendada para comparar séries históricas dos indicadores adotados na Ripsa.

 

 

 

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Expediente

©1997. Ministério da Saúde. OPAS. IDB 2006 Brasil – Indicadores e Dados Básicos para a Saúde. Periódico anual, de circulação dirigida ao setor Saúde, da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa). ISSN 1806-7611 Periodicidade: anual Tiragem: 40.000 exemplares

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Convenções

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(0; 0,0; 0,000)	Dado numérico igual a 0 resultante de arredondamento de um dado originalmente positivo.
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(..)	Não se aplica dado numérico.
A soma das parcelas pode não coincidir com o total, em função de arredondamentos efetuados nos dados parciais.