Indicadores e Dados Básicos - Brasil - 2005
Folheto do IDB-2005

O IDB 2005 destaca o tema da mortalidade por doenças crônicas, de crescente importância no País, associada aos processos de transição demográfica, epidemiológica e nutricional.

Desde a década de 70, as doenças do aparelho circulatório aparecem como a principal causa de morte, representando mais de 30% do total de óbitos com causas definidas. O mapa da capa mostra a distribuição, por microrregiões, da taxa de mortalidade por essa causa no período de 2001 a 2003, padronizada por sexo e idade pela população brasileira de 2000. Observa-se que as taxas mais elevadas se concentram nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, refletindo, em grande parte, melhores condições de diagnóstico e de registro das ocorrências. Em várias microrregiões – sobretudo nas regiões Norte e Nordeste – os dados de mortalidade não foram considerados, por apresentarem alta proporção de causas mal definidas (acima de 20%) e evidência de sub-registro (taxa padronizada de mortalidade inferior a quatro óbitos por 1.000 habitantes).

Na contracapa do folheto, a figura 1 referente às capitais brasileiras mostra que, a partir de 1930, as doenças não transmissíveis e as decorrentes das causas externas (violências) ocuparam progressivamente o lugar das doenças infecciosas e parasitárias na distribuição da mortalidade proporcional. As neoplasias e as causas externas vêm ampliando a sua participação nas últimas décadas, alternando-se no segundo e no terceiro lugares, depois das doenças do aparelho circulatório.

Entre as causas específicas, observa-se o aumento da taxa padronizada de mortalidade por diabetes na população de 40 anos ou mais, em todas as regiões brasileiras, desde 1980 (figura 2). Esse aumento está possivelmente relacionado ao crescimento da incidência do diabetes na população e à melhoria da informação sobre os óbitos associados à doença. A partir do ano 2000, as taxas para as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul se aproximam da Sudeste, enquanto a Região Norte apresenta valores mais baixos durante todo o período.

Em relação à mortalidade por neoplasias malignas, a figura 3 mostra as taxas de mortalidade pelos principais tipos de câncer, entre os gêneros em 2003. Entre os homens, a principal causa é o câncer de pulmão, traquéia e brônquios, seguido dos cânceres de próstata e estômago. Na população feminina destaca-se o câncer de mama, seguido do câncer de traquéia, brônquios e pulmão, sendo que o de colo de útero, apesar de evitável, ainda ocupava a quarta posição em 2003.

Os dados apresentados neste folheto do IDB representam uma síntese da base completa da RIPSA disponível na página do DATASUS (www.datasus.gov.br). Neste endereço estão acessíveis informações técnicas sobre cada indicador, tais como sua interpretação, usos, limitações, além do método de cálculo e fonte de dados. Para a comparação de séries históricas deve ser consultada a base completa, que é periodicamente atualizada e revisada.

Mapa da Capa: Taxa por 100 mil habitantes, padronizada por sexo e idade, a partir do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) da Secretaria de Vigilância em Saúde/MS e base demográfica do IBGE. A área pontilhada indica os municípios com taxa bruta de mortalidade <4 por mil e com proporção de causas mal definidas >20%.

Expediente

©1997. Ministério da Saúde. OPAS. IDB 2005 Brasil - Indicadores e Dados Básicos para a Saúde. Periódico anual, de circulação dirigida ao setor Saúde, da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa). ISSN 1806-7611 Periodicidade: anual Tiragem: 40.000 exemplares

Elaboração, Informações e distribuições: Ministério da Saúde Secretaria Executiva Departamento de Informática do SUS Rede Interagencial de Informações para a Saúde Rua México, 128 - 8º andar - sala 816 CEP: 20031-142, Rio de Janeiro - RJ Fax: (21)3985-7240 Tels.: (21)3985-7216/3985-7195 Contato: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=6131 Editor responsável: Secretaria Técnica da Ripsa Normalização e Projeto gráfico: Editora MS

CONVENÇÕES

(...): Dado numérico não disponível.
(-): Dado numérico igual a 0 não resultante de arredondamento.
(0; 0,0; 0,000): Dado numérico igual a 0 resultante de arredondamento de um dado originalmente positivo.
(x): Dado numérico omitido na construção do IDB 2005.
(..): Não se aplica dado numérico.

A soma das parcelas pode não coincidir com o total, em função de arredondamentos efetuados nos dados parciais.