Indicadores de morbidade e fatores de risco
As informações do IDB são atualizadas anualmente. Sugerimos consultar a versão mais recente (http://www.datasus.gov.br/idb).
		Tabela de dados

D.2.2 Taxa de incidência de tuberculose
Ficha de qualificação

1. Conceituação
   • Número de casos confirmados de tuberculose (todas as formas), por 100 mil habitantes, em determinado espaço geográfico e no ano considerado (códigos A15 a A19 da CID-10).
   • A definição de caso confirmado de tuberculose baseia-se em critérios adotados pelo Ministério da Saúde para orientar as ações de vigilância epidemiológica da doença em todo o país.
2. Interpretação
   • Estima o risco de um indivíduo vir a desenvolver tuberculose, em qualquer de suas formas clínicas.
   • A ocorrência de casos indica a persistência de fatores favoráveis à propagação do bacilo Mycobacterium tuberculosis, que se transmite de um indivíduo a outro, principalmente a partir das formas pulmonares da doença.
   • Taxas elevadas de incidência de tuberculose refletem, em geral, baixos níveis de condições de vida, de desenvolvimento socioeconômico e de atenção à saúde. Podem também estar associadas ao aumento da incidência da AIDS.
3. Usos
   • Analisar variações geográficas e temporais na distribuição dos casos confirmados de tuberculose, como parte do conjunto de ações de vigilância epidemiológica da doença.
   • Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas para o controle da tuberculose em áreas e populações de risco (diagnóstico precoce e tratamento quimioterápico específico).
4. Limitações
   • A capacidade de detecção, notificação, investigação e confirmação laboratorial de casos de tuberculose está sujeita às condições técnico-operacionais do sistema de vigilância epidemiológica, em cada área geográfica. Na média nacional, o sub-registro de casos é estimado em aproximadamente 30%.
   • O indicador não discrimina as formas clínicas de tuberculose, que têm significados diferentes na transmissão da doença.
5. Fonte

   Ministério da Saúde/CENEPI: Sistema de Informação de Agravos Notificáveis (SINAN) e bases demográficas do IBGE

6. Método de Cálculo

   número de casos de tuberculose (todas as formas) confirmados em residentes
   	x 100.000
   população total residente

7. Categorias de análise
   • Unidade geográfica: Brasil, Grandes Regiões, Estados, Distrito Federal e Regiões Metropolitanas.
   • Faixa etária: menor de 1 ano, 1-4, 5-9, 10-19, 20-39, 40-59 e 60 anos e mais.
8. Dados estatísticos e comentários

   Taxa de Incidência de tuberculose (em 100 mil) Brasil e Grandes Regiões, 1991, 1996 e 1999.
   Regiões	1991	1996	1999
   Fonte: Funasa/Cenepi. Base de dados do SINAN.
   Brasil	57,8	54,7	48,0
   Região Norte	67,7	61,5	53,4
   Região Nordeste	59,4	56,2	50,5
   Região Sudeste	65,6	61,4	51,4
   Região Sul	35,7	37,6	37,2
   Região Centro-Oeste	40,9	36,0	33,7

   A tabela mostra redução progressiva da incidência de tuberculose na década de 1990, em todas as grandes regiões do país. As taxas para as regiões Norte, Nordeste e Sudeste mantêm-se em níveis mais elevados durante todo o período.

   Esses dados, entretanto, devem ser interpretados com cautela, considerando que a procura de casos novos pode ter sido comprometida por fatores de natureza operacional. Admite-se que a detecção de casos de tuberculose (relação entre o número informado e o estimado) tenha decrescido de 72,3%, em 1991, para 63,4%, em 1999 .