Indicadores de morbidade e fatores de risco
As informações do IDB são atualizadas anualmente. Sugerimos consultar a versão mais recente (http://www.datasus.gov.br/idb).
		Tabela de dados

D.1.4 Incidência de tétano neonatal
Ficha de qualificação

1. Conceituação
   • Número absoluto de casos novos confirmados de tétano do recém-nascido, em determinado espaço geográfico e no ano considerado (código A33 da CID-10).
   • A definição de caso confirmado de tétano neonatal baseia-se em critérios adotados pelo Ministério da Saúde para orientar as ações de vigilância epidemiológica da doença em todo o país.
2. Interpretação
   • A ocorrência de casos de tétano em recém-nascidos está associada à pobreza e indica a existência de precárias condições de atenção pré-natal e ao parto, que permitem a infecção pelo Clostridium tetani. Destacam-se: (i) insuficiente vacinação de mulheres em idade fértil (15-49 anos) contra o tétano; (ii) realização de partos sem os devidos cuidados de assepsia, utilizando métodos e instrumentos inadequados; (iii) aplicação, no coto umbilical, de substâncias contaminadas.
   • O tétano neonatal está em vias de ser erradicado. A ocorrência de qualquer caso requer investigação epidemiológica e sugere a necessidade de medidas extensivas de vacinação contra o tétano na população de mulheres em idade fértil.
3. Usos
   • Analisar variações geográficas e temporais na distribuição dos casos confirmados de tétano neonatal, como parte do conjunto de ações de vigilância epidemiológica da doença.
   • Avaliar a qualidade da atenção pré-natal, ao parto e ao recém-nascido.
   • Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas à saúde da mulher e da criança, em especial a vacinação de gestantes contra o tétano.
4. Limitações
   • A capacidade para detecção, notificação, investigação e confirmação de casos de tétano neonatal está sujeita às condições técnico-operacionais do sistema de vigilância epidemiológica em cada área geográfica.
   • Embora o diagnóstico clínico da doença não apresente maiores dificuldades, a notificação é prejudicada pela ocorrência isolada de casos, geralmente em áreas rurais, associada à realização de partos domiciliares.
5. Fonte

   Ministério da Saúde/ CENEPI: Sistema de Informação de Agravos Notificáveis (SINAN)

6. Método de Cálculo

   Somatório anual do número de casos novos confirmados de tétano neonatal.

7. Categorias de análise
   • Unidade geográfica: Brasil, Grandes Regiões, Estados, Distrito Federal e Regiões Metropolitanas.
8. Dados estatísticos e comentários

   Número de Casos Confirmados de Tétano Neonatal. Brasil e Grandes Regiões, 1991-1999.
   Regiões	1991	1992	1993	1994	1995	1996	1997	1998	1999
   Fonte: Funasa/Cenepi. Boletim Epidemiológico, Ano III Edição Especial, 1999 (dados de 1991-1998). Dados de 1999 fornecidos para o IDB-2000.
   Brasil	272	234	215	171	131	93	102	71	69
   Norte	53	50	47	32	29	14	15	15	16
   Nordeste	120	115	113	89	65	54	54	39	30
   Sudeste	45	25	29	20	25	15	14	10	10
   Sul	23	14	10	13	5	4	7	3	7
   Centro-Oeste	31	30	16	17	7	6	12	4	6

   A incidência do tétano neonatal apresenta tendência decrescente em todas as regiões brasileiras, refletindo a elevada cobertura de partos hospitalares e os esforços dirigidos para a vacinação de mulheres em idade fértil em municípios de risco. Cerca da metade dos casos no período está concentrada na Região Nordeste.