Indicadores de morbidade e fatores de risco
As informações do IDB são atualizadas anualmente. Sugerimos consultar a versão mais recente (http://www.datasus.gov.br/idb).
		Tabela de dados

D.1.3 Incidência de coqueluche
Ficha de qualificação

1. Conceituação
   • Número absoluto de casos novos confirmados de coqueluche, em determinado espaço geográfico e no ano considerado (código A37 da CID-10).
   • A definição de caso confirmado de coqueluche baseia-se em critérios adotados pelo Ministério da Saúde para orientar as ações de vigilância epidemiológica da doença em todo o país.
2. Interpretação
   • Estima o risco de ocorrência de casos de coqueluche.
   • A ocorrência de casos indica a persistência de fatores favoráveis à transmissão do bacilo Bordetella pertussis, em especial a existência de segmentos populacionais com cobertura vacinal insuficiente.
3. Usos
   • Analisar variações geográficas e temporais na distribuição dos casos confirmados de coqueluche, como parte do conjunto de ações de vigilância epidemiológica da doença.
   • Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas para o controle da coqueluche e das demais doenças evitáveis por imunização.
4. Limitações
   • Clinicamente, a doença pode ser confundida com a síndrome da coqueluche, causada também por outros agentes (Bordetella parapertussis, Bordetella bronchiseptica e adenovirus).
   • A capacidade para detecção, notificação, investigação e confirmação de casos de coqueluche está sujeita às condições técnico-operacionais do sistema de vigilância epidemiológica em cada área geográfica.
   • A probabilidade de suspeita diagnóstica tende a reduzir-se quando a incidência da doença é muito baixa. Nessa fase, a situação epidemiológica da coqueluche pode ser melhor acompanhada pelo número de casos, que expressa as fontes de transmissão da doença.
5. Fonte

   Ministério da Saúde/ CENEPI: Sistema de Informação de Agravos Notificáveis (SINAN)

6. Método de Cálculo

   Somatório anual do número de casos novos confirmados de coqueluche.

7. Categorias de análise
   • Unidade geográfica: Brasil, Grandes Regiões, Estados, Distrito Federal e Regiões Metropolitanas.
   • Faixa etária: menor de 1 ano, 1-4, 5-9, 10-19, 20-39, 40-59 e 60 anos e mais.
8. Dados estatísticos e comentários

   Número de Casos Confirmados de Coqueluche. Brasil e Grandes Regiões, 1991-1999.
   Regiões	1991	1992	1993	1994	1995	1996	1997	1998	1999
   Fonte: Funasa/Cenepi. Boletim Epidemiológico, Ano III Edição Especial, 1999 (dados de 1991-1998). Dados de 1999 fornecidos para o IDB-2000.
   Brasil	7.252	5.155	5.388	4.098	3.798	1.245	1.789	1.604	1.541
   Norte	571	352	760	459	252	95	938	433	333
   Nordeste	3.541	1.959	1.500	1.411	1.951	645	377	178	464
   Sudeste	1.183	1.333	1.344	702	693	206	155	247	257
   Sul	1.101	832	1.193	1.065	424	136	4	212	270
   Centro-Oeste	856	679	591	461	478	163	315	267	217

   A incidência de coqueluche apresenta tendência decrescente em todas as regiões brasileiras, refletindo o aumento de cobertura com a vacina DPT. Nos últimos anos, surtos de coqueluche vem ocorrendo em áreas com baixa cobertura vacinal. O aumento observado na Região Norte, em 1997, corresponde a um surto localizado em comunidades indígenas do estado de Roraima.