Indicadores demográficos
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		Tabela de dados

A.8 Mortalidade Proporcional por Idade, em Menores de Um Ano
Ficha de qualificação

1. Conceituação

   Distribuição percentual dos óbitos informados de crianças menores de um ano de idade, por faixa etária, em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

2. Interpretação
   • Indica o peso dos óbitos de cada período de idade referido em relação aos óbitos de menores de um ano de idade.
   • Expressa a composição da mortalidade infantil, preponderantemente, em relação aos fatores ligados à gestação e ao parto (óbitos neonatais) e aos ligados ao meio ambiente (óbitos pós-neonatais).
   • Percentuais elevados de óbitos pós-neonatais estão associados a precárias condições de vida e de saúde.
3. Usos
   • Analisar variações geográficas e temporais da distribuição etária dos óbitos infantis.
   • Contribuir na avaliação dos níveis de saúde da população.
   • Identificar a necessidade de estudos sobre as causas da distribuição da mortalidade por subgrupos da faixa etária de menores de um ano.
   • Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas de saúde voltadas para o componente materno-infantil da população.
4. Limitações
   • As bases de dados nacionais sobre mortalidade ainda apresentam cobertura insatisfatória em muitas áreas do país, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
   • A subenumeração de óbitos pode estar desigualmente distribuída entre as diversas faixas etárias, resultando distorções na proporcionalidade dos óbitos informados. Tem sido constatado que a subenumeração é mais elevada nos primeiros dias de vida.
   • Outro viés observado é a declaração, como natimortos, dos óbitos ocorridos pouco após o nascimento.
   • O aumento percentual de óbitos em determinada faixa etária pode significar, apenas, a redução da freqüência em outras faixas.
5. Fonte

   Ministério da Saúde/CENEPI: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)

6. Método de Cálculo

   número de óbitos de residentes em determinada faixa etária de menores de um ano
   	x 100
   número total de óbitos infantis de residentes, excluídos os de idade ignorada (*)

   ^(*) a exclusão dos óbitos de idade ignorada resulta em que o indicador seja referido ao total de óbitos infantis com idade conhecida.

7. Categorias de Análise
   • Brasil, Grande Regiões, Estados, Distrito Federal e Regiões Metropolitanas.
   • Faixa etária: 0 a 6 dias (neonatal precoce), 7 a 27 dias (neonatal tardio) e 28 e mais dias (pós-neonatal).
8. Dados Estatísticos e Comentários

   Mortalidade Proporcional (%) por Idade, em Menores de Um Ano. Brasil e Grandes Regiões, 1990 e 1998
   Regiões	0-6 dias (neonatal precoce)		7-27 dias (neonatal tardia)		28 dias e >. (pós-neonatal)
   	1990	1998	1990	1998	1990	1998
   Fonte: Ministério da Saúde/CENEPI: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)
   Brasil	37,6	47,1	11,5	12,7	50,9	40,2
   Norte	30,8	49,6	9,9	12,4	59,3	38,0
   Nordeste	25,7	39,7	12,2	10,9	62,1	49,4
   Sudeste	46,4	52,3	11,2	14,0	42,4	33,7
   Sul	41,5	46,9	11,9	12,6	46,6	40,5
   Centro-Oeste	42,2	51,1	11,3	14,1	46,5	34,8

   A tabela mostra nítida mudança da composição etária da mortalidade infantil, entre 1990 e 1998, em todas as regiões. Os óbitos infantis tendem a concentrar-se no período neonatal, sobretudo durante a primeira semana de vida, enquanto declina a proporção de mortes no período pós-neonatal. O novo perfil reflete a melhoria das condições de vida e a implementação de ações básicas de proteção da saúde infantil, reduzindo a mortalidade associada a fatores ambientais, a partir do segundo mês de vida. Na Região Nordeste sobressaem os óbitos pós-neonatais, enquanto os neonatais precoces são os que predominam nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste.