RIPSA IDB1998

As informações do IDB são atualizadas anualmente. Sugerimos consultar a versão mais recente (http://www.datasus.gov.br/idb).


Qualificação de Indicadores do IDB-1998

D.20 - Proporção de crianças com déficit ponderal para a idade
[Prevalência de desnutrição global (em desuso)]

  1. Conceituação:
  2. Percentual de menores de 5 anos, em determinado local e período, com deficit ponderal, moderado e grave, para a idade.

  3. Interpretação:
  4. Estima o grau de déficit de peso para a idade em crianças, podendo esse déficit estar relacionado a perda de peso recente, a deficiência de estatura ou a ambas.

    A OMS estabelece a seguinte escala de severidade: prevalência baixa (<10 %), média (10-19 %), alta (20-29 %) e muita alta (30 % e mais) .

  5. Usos
  6. Selecionar áreas e grupos populacionais de maior risco, para priorização de intervenções de natureza sanitária e socioeconômica.

    Identificar casos individuais de déficit ponderal, para a adoção de medidas de intervenção e sua avaliação. Se utilizado periodicamente, é o melhor indicador para o acompanhamento do crescimento das crianças.

    Avaliar o impacto de intervenções nutricionais típicas (suplementação alimentar, controle do crescimento, orientação alimentar).

    Proceder análise comparada das condições de vida.

  7. Limitações
  8. Quando empregado isoladamente, não identifica a origem do déficit ponderal (se causado por déficit de altura, de peso ou ambos).

    O indicador é mais restritivo para o estudo de crianças maiores de dois anos de idade, nas quais os déficits de estatura são mais acentuados. Entre as crianças que apresentem peso baixo para a idade, seria importante distinguir as de baixa estatura daquelas com peso insuficiente para a altura.

    Insuficiente implantação, nas unidades de saúde, das atividades de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças. Estima-se que apenas 15 % dos Cartões da Criança fornecidos para menores de 5 anos contenham registros de peso .

    Baixa cobertura, no território nacional, do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN, incumbido de coletar e de analisar dados sobre peso e altura das crianças menores de 5 anos de idade.

    Os dados disponíveis sobre prevalência do déficit ponderal decorrem da realização de pesquisas domiciliares por amostra.

  9. Fonte:
  10. MS/SPS/DGPE: estudos amostrais.

    No IDB-97 e no IDB-1998, os dados foram obtidos da Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS) 1, realizada entre março e junho de 1996, com base em amostra das crianças brasileiras menores de 5 anos de idade, representativa das situações urbana e rural e das cinco Grandes Regiões do país.

  11. Método de Cálculo:
  12. Número de crianças menores de cinco anos, em determinado local e período,

    com peso inferior a menos dois desvios-padrão do peso médio para a idade

    -------------------------------------------------------------------------------------------- x 100

    Número total de crianças nessa faixa etária, no mesmo local e período

    Padrão de referência para comparação: média de peso para a idade do National Center for Health Statistics (NCHS) .

  13. Categorias de Análise:
  14. Brasil e Grandes Regiões

    Situação do domicílio: urbana e rural

  15. Dados Estatísticos e Comentários:

Casos existentes por 100 crianças menores de 5 anos segundo domicílio, Brasil, 1996

Região

Casos existentes

TOTAL

5,7

Norte

7,7

Nordeste

8,3

Sudeste

4,7

Sul

2,0

Centro-Oeste

3,0

Fonte: Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde BENFAM - Inquérito amostral aplicado às grandes regiões

Segundo critério da OMS, a prevalência de crianças com déficit ponderal para a idade é baixa. As regiões Norte e Nordeste apresentam prevalência duas a três vezes mais elevada quando comparada com as demais regiões do país. Note-se que estas são médias para grandes regiões, havendo municípios com prevalências mais altas e mais baixas que esses valores médios.


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