RIPSA IDB1998

As informações do IDB são atualizadas anualmente. Sugerimos consultar a versão mais recente (http://www.datasus.gov.br/idb).


Qualificação de Indicadores do IDB-1998

D.2 - Taxa de incidência de doenças transmissíveis
Malária: Incidência parasitária anual

  1. Conceituação:
  2. A incidência parasitária anual (IPA) expressa o número de exames positivos de malária, por mil habitantes, em determinado local e período.

  3. Interpretação:
  4. Estima o risco de se adoecer por malária em determinado lugar.

    Classifica as áreas maláricas de acordo com o grau de risco. Área de baixo risco: IPA (0 a 9,9); área de médio risco (IPA 10 a 49,9); área de alto risco (IPA > 50).

  5. Usos:
  6. Proceder análise comparada de situações da doença em diferentes tempos e lugares

    Subsidiar o processo de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde voltadas para o controle da malária

  7. Limitações:
  8. Os resultados apresentados para todo o município pode não revelar adequadamente a real situação de risco em suas diferentes localidades.

    Recomenda-se a utilização desse indicador apenas para áreas endêmicas.

    A utilização do denominador (número de habitantes) pode dificultar a estratificação de áreas de risco, em especial, em municípios de maior densidade populacional.

  9. Fonte:
  10. Ministério da Saúde/Fundação Nacional de Saúde/Gerência Técnica de Malária: Sistema de Informação de Malária (SISMAL).

  11. Método de Cálculo:
  12. Número de exames positivos registrados em determinada local e período

    --------------------------------------------------------------------------------------- x 1.000

    População da área, no mesmo local e período

  13. Categorias de Análise:
  14. Brasil, Unidades da Federação

  15. Dados Estatísticos e Comentários:

Comportamento do IPA no período de 1994-1996

Local

1994

1995

1996

(Variação 94/96)

Amazônia

30,1

30,0

23,5

- (6,6)

Acre

59,5

79,2

28,7

- (30,8)

Amapá

38,6

52,2

50,2

+ 11,6

Amazonas

30,1

22,7

29,3

- (0,8)

Maranhão

5,5

6,3

3,9

- (1,6)

Mato Grosso

44,1

25,5

16,8

- (27,3)

Pará

29,2

34,1

26,6

- (2,6)

Rondônia

103,6

100,2

78,5

- (25,1)

Roraima

99,1

150,9

143,5

+ 44,4

Tocantins

2,1

3,7

2,2

+ 0,1

Apesar das limitações enfocadas, segundo ao Comitê Técnico Consultivo do Programa de Malária, o IPA é um coeficiente que mede o risco da população adoecer de malária, portanto, é um indicador de incidência. Por outro lado, nem todos as lâminas de sangue positivas são computadas no cálculo do indicador, como no caso das Lâminas de Verificação de Cura, que representam, aproximadamente, 10% do total de exames de sangue para malária, efetuados na Amazônia.

Os dados apresentados para o país não têm grande significado para uma análise de comportamento mais apurada , uma vez que coloca no denominador grandes populações que estão em áreas sem nenhum risco de contrair malária.

Da mesma forma deve-se ter cuidado ao analisar os dados globais para região amazônica. E, para uma análise dos Estados, separadamente, deve-se ter em conta que a tendência muitas vezes apresentada não é representativa de todo o conjunto do Estado. Daí a necessidade de se fazer a análise cada vez mais estratificada e local. No caso em questão, observa-se que houve redução do IPA, no período estudado em quase todas as unidades federadas, com exceção dos Estados do Amapá, Roraima e Tocantins que apresentaram um incremento de 11,6 e 44,4 e 0,1 respectivamente. Entretanto isto não significa que, por exemplo, nos Estados do Acre e de Mato Grosso que apresentaram a maior redução, 30,8 e 27,3 não se possa encontrar localidades e até mesmo municípios onde estes valores são absolutamente inversos, ou seja, registram valores de incremento e não de redução.

É importante lembrar que os dados de população, para os anos de 1994 e 1995 foram dados estimados e, para o ano de 1996, trabalhou-se com os dados do censo, o que é importante para a análise e interpretação dos valores obtidos para este indicador.


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