RIPSA IDB1998

As informações do IDB são atualizadas anualmente. Sugerimos consultar a versão mais recente (http://www.datasus.gov.br/idb).


Qualificação de Indicadores do IDB-1998

C.2 - Taxa de mortalidade neonatal precoce
(Coeficiente de mortalidade neonatal precoce)

  1. Conceituação:
  2. Número de óbitos de menores de 7 dias de vida, expresso por mil nascidos vivos, em determinado local e período.

  3. Interpretação:
  4. Estima o risco de um nascido vivo morrer durante a sua primeira semana de vida

  5. Usos:
  6. Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas para a atenção prénatal, ao parto e ao recém-nascido.

  7. Limitações:
  8. É possível que nascidos vivos que venham a óbito momentos após o parto sejam considerados como nascidos mortos, o que resulta na subenumeração de óbitos neonatais e de nascidos vivos, resultando na subestimação da mortalidade neonatal precoce.

    Os dados sobre mortalidade na faixa etária estudada apresentam expressivas variações de cobertura, entre as diversas áreas geográficas consideradas, decorrentes dos altos índices de subenumeração, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, nestas regiões é possível que a participação deste componente possa estar sendo estimado incorretamente, já que pode ocorrer uma maior notificaçãode óbitos hospitalares nos grandes centros urbanos.

    Os dados para o país também refletem níveis desiguais de cobertura dos sistema de mortalidade (SIM) e nascimentos (SINASC), o que pode resultar em inconsistências na comparação deste indicador entre regiões.

  9. Fontes:
  10. Ministério da Saúde/CENEPI: SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) e SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos).

    Alternativa: IBGE.

  11. Método de Cálculo :
  12. Número de óbitos de residentes de 0 a 6 dias de vida completos,

    em determinado local e período

    ----------------------------------------------------------------------------- x 1.000

    Número total de nascidos vivos, no mesmo local e período

    Alternativa: a taxa pode ser obtida por métodos demográficos indiretos, usando a estimativa da mortalidade infantil e a base de dados do SIM.

    No IDB-1998, as taxas de mortalidade neonatal precoce foram estimadas pelo IBGE. Aplicou-se o percentual de óbitos com 0 a 6 dias (em relação aos óbitos de menores de um ano; excluiram-se dos cálculos os óbitos de menores de um ano com idade ignorada), informado pelo SIM, sobre a taxa estimada de mortalidade infantil, calculada pelo IBGE.

  13. Categorias de Análise:
  14. Brasil, Grandes Regiões, Estados e Distrito Federal.

  15. Dados Estatísticos e Comentários:
  16. Os indicadores componentes da mortalidade infantil, como foi assinalado anteriormente no item 6, foram calculados como proporção dessa taxa. O quadro abaixo mostra os diferenciais na variação dos componentes da mortalidade ao primeiro ano de vida, tanto regionalmente, quanto entre esses indicadores. Assim, observa-se que, de um modo geral, proporcionalmente os maiores ganhos na redução da mortalidade infantil ocorreram no período pós-neonatal. Com relação à mortalidade neonatal precoce, a maior redução proporcional ocorre no Nordeste, enquanto o Norte é a região onde a participação da mortalidade neonatal precoce mais aumenta.

    Variação (%) 96/97

    Neonatal Precoce

    Brasil

    3,36

    Norte

    3,78

    Nordeste

    -8,92

    Sudeste

    -0,41

    Sul

    2,58

    Centro-Oeste

    0,82

    NOTA: No IDB 98, visando estimular a melhoria do sistema de coleta dos eventos, também são apresentados os indicadores calculados utilizando-se as informações de óbitos de menores de 1 ano e de nascidos vivos obtidas diretamente pelo sistema, para aquelas Unidades da Federação que ao longo da década de 90 obtiveram uma cobertura média próxima a 90% dos eventos, em relação às estimativas do IBGE. Atingiram esse patamar os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.


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