As informações do IDB são atualizadas anualmente. Sugerimos consultar a versão mais recente (http://www.datasus.gov.br/idb).
Qualificação de Indicadores do IDB-1998
A.14 - Esperança de vida aos 60 anos de idade
(Expectativa de Vida aos 60 anos, Vida média aos 60 anos)
- Conceituação
Número médio de anos de vida esperados de sobreviventes de 60 anos de idade, em determinado ano.
- Interpretação
É um indicador sintético da mortalidade de pessoas idosas.
Dado que um indivíduo sobreviveu até os 60 anos, o indicador fornece o número de anos adicionais a partir desta idade que, em média, a pessoa viverá, se mantidas as mesmas condições de vida daquele indivíduo.
Quanto maiores os níveis de esperança de vida aos 60 anos, maiores serão as taxas de sobrevida da população idosa e maiores as necessidades de saúde e de seguridade social.
- Usos
Possibilitar análise comparativa da mortalidade de idosos, entre populações, e de uma mesma população, em diferentes épocas.
Subsídiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas de saúde para os idosos, em especial, a identificação de necessidades crescentes de atenção à saúde e assistência de seguridade social.
- Limitações
Para o cálculo da esperança de vida, são exigidas informações confiáveis de óbitos classificados por idade, nem sempre possíveis para países como o Brasil, onde as desigualdades regionais são profundas e com problemas na cobertura das estatísticas vitais. Esta importante restrição tem levado os demógrafos a recorrer a procedimentos demográficos indiretos, cujos cálculos são feitos somente para áreas geográficas mais abrangentes (nível nacional, regional, estadual e metropolitano).
- Fonte
IBGE: Censo Demográfico, contagens intercensitárias, pesquisas nacionais por amostras de domicílios (PNADs) e estimativas demográficas.
No IDB 98 as esperanças de vida aos 60 anos, para as Unidades da Federação, são as implícitas na projeção populacional. Para as Grandes Regiões e o Brasil, foram construídas tábuas de mortalidade com base na soma de óbitos e populações das respectivas UF`s.
- Método de Cálculo
Cálculo através da tábua de vida, utilizando o método atuarial.
No cálculo da esperança de vida são utilizadas duas funções básicas, quais sejam: o número de sobreviventes (lx), que representa o número de pessoas que alcançam com vida a idade exata x, de uma geração inicial de l0 nascimentos; o tempo vivido entre as idades x e w (Tx) e que representa o número total de anos vividos pela geração de l0 nascimentos entre as idades x e w , sendo w a idade limite da geração inicial l0. Desta forma, relacionando Tx/lx , teremos o valor da esperança de vida a uma determinada idade x .
No caso específico em que x=60, teremos a esperança de vida aos 60 anos (e60=T60/l60)
- Categorias de Análise
Brasil, Grandes Regiões, Estados e Distrito Federal.
Sexo: masculino, feminino.
- Dados Estatísticos e Comentários
Os diferenciais na expectativa vida média, a partir dos 60 anos, entre as regiões são maiores para as pessoas do sexo feminino. De modo que, em 1991 as mulheres do Sudeste que alcançassem os 60 anos, viveriam em média mais 2,4 anos do que as mulheres nordestinas na mesma idade. Em 1997 essa relação passa a ser entre o Sul e o Nordeste, com as sexagenárias sulistas vivendo em média 2,47 anos a mais que as mulheres que atingiam os 60 anos no Nordeste.
Grandes
Regiões
1991
1997
VARIAÇÃO EM ANOS
HOMENS
MULHERES
HOMENS
MULHERES
HOMENS
MULHERES
Norte
15,44
17,97
15,99
18,74
0,55
0,77
Nordeste
14,70
16,72
15,25
17,44
0,55
0,72
Sudeste
15,55
19,12
15,95
19,83
0,40
0,71
Sul
15,31
19,10
15,87
19,91
0,56
0,81
Centro-Oeste
15,54
17,89
16,09
18,73
0,55
0,84
Para os homens os diferenciais são menores, sendo nos dois momentos observados, inferiores a 1 ano de expectativa de vida média, além dos 60 anos de idade.
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