RIPSA IDB1998

As informações do IDB são atualizadas anualmente. Sugerimos consultar a versão mais recente (http://www.datasus.gov.br/idb).


Qualificação de Indicadores do IDB-1998

A.13 - Esperança de vida ao nascer
(Expectativa de Vida ao Nascer, Vida Média ao Nascer)

  1. Conceituação

    Número médio de anos esperados para que um recém nascido viva, em determinado ano.

  2. Interpretação

    É um indicador sintético da mortalidade e não está afetado, como a taxa bruta de mortalidade, pelos efeitos das distintas estruturas etárias.

    Quanto maiores os níveis de esperança de vida ao nascer, melhores as condições de vida e de saúde da região.

  3. Usos

    Avaliar os níveis de saúde de uma população

    Detectar variações geográficas, temporais e de diferentes segmentos da população.

    Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas de saúde (redimensionamento da oferta de serviços, atualização de metas).

  4. Limitações

    Para o cálculo da esperança de vida, são exigidas informações confiáveis de óbitos classificados por idade, nem sempre possíveis para países como o Brasil, onde as desigualdades regionais são profundas e com problemas na cobertura das estatísticas vitais. Esta importante restrição tem levado os demógrafos a recorrer a procedimentos demográficos indiretos, cujos cálculos são feitos somente para áreas geográficas mais abrangentes (nível nacional, regional, estadual e metropolitano).

  5. Fonte

    IBGE: Censo Demográfico, contagens intercensitárias, pesquisas nacionais por amostras de domicílios (PNADs) e estimativas demográficas.

    As esperanças de vida ao nascer, para as Unidades da Federação, são as implícitas na projeção populacional. Para as Grandes Regiões e o Brasil, foram construídas tábuas de mortalidade com base na soma de óbitos e populações das respectivas UF`s.

  6. Método de Cálculo

    Cálculo através da tábua de vida, utilizando o método atuarial.

    No cálculo da esperança de vida ao nascer são utilizadas duas funções básicas, quais sejam: o número de sobreviventes (lx), que representa o número de pessoas que alcançam com vida a idade exata x, de uma geração inicial de lo nascimentos; o tempo vivido entre as idades x e w (Tx) e que representa o número total de anos vividos pela geração de lo nascimentos entre as idades x e w, sendo w a idade limite da geração inicial lo. Desta forma, relacionando Tx/lx, teremos o valor da esperança de vida a uma determinada idade x.

    No caso específico em que x=0, teremos a esperança de vida ao nascer (eo=To/lo).

  7. Categorias de Análise

    Brasil, Grandes Regiões, Estados e Distrito Federal.

    Sexo: masculino, feminino.

  8. Dados Estatísticos e Comentários

    No período analisado abaixo, os maiores ganhos médios em anos de vida ocorreram no Nordeste, região que apresenta as menores expectativas de vida ao nascer. Nota-se também, que a expectativa de vida masculina na região Norte supera a do Sudeste, resultado que deve ser atribuído em parte à incidência de óbitos violentos nessa última região, que atinge sobretudo aos homens nas idades adultas jovens.

    Grandes

    Regiões

    1991

    1997

    VARIAÇÃO EM ANOS

    HOMENS

    MULHERES

    HOMENS

    MULHERES

    HOMENS

    MULHERES

    Norte

    62,85

    68,60

    64,77

    70,77

    1,92

    2,17

    Nordeste

    59,79

    65,73

    61,81

    67,89

    2,02

    2,16

    Sudeste

    63,58

    71,98

    64,63

    73,61

    1,05

    1,63

    Sul

    65,34

    72,59

    66,67

    74,27

    1,33

    1,02

    Centro-Oeste

    64,01

    70,39

    65,56

    72,18

    1,55

    3,88

    Constata-se também que as mulheres obtém esperanças de vida superiores às dos homens, devido à sobremortalidade masculina. De um modo geral, os ganhos médios em anos de vida também é favorável às mulheres, a única exceção fica por conta da região Sul.


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