RIPSA IDB1998

As informações do IDB são atualizadas anualmente. Sugerimos consultar a versão mais recente (http://www.datasus.gov.br/idb).


Qualificação de Indicadores do IDB-1998

A.11 - Taxa bruta de mortalidade
(Coeficiente Geral de Mortalidade)

  1. Conceituação

    Número de óbitos, expresso por mil habitantes, ocorridos na população geral, em determinado período.

  2. Interpretação

    Expressa a intensidade da ocorrência anual de mortes em determinada população.

    A taxa bruta de mortalidade é influenciada pela estrutura da população, por sexo e idade, por sua vez, condicionada por fatores socioeconômicos; para se comparar populações, torna-se necessária a padronização das taxas brutas de mortalidade.

  3. Usos

    Dimensionar a freqüência de óbitos em determinada população, subsidiando o planejamento da assistência materno-infantil.

    Acompanhar a evolução da mortalidade de um país ou região, sem alterações importantes na estrutura por idade da população.

    Possibilitar o cálculo do crescimento vegetativo ou natural da população, subtraindo-se, da taxa bruta de natalidade, a taxa bruta de mortalidade e a taxa líquida migratória.

    Contribuir para estimar o componente migratório da variação demográfica, correlacionando-se o crescimento vegetativo com o crescimento total da população.

  4. Limitações

    A principal limitação do uso desta taxa, quando utilizada em comparações com outras populações, conforme já visto anteriormente, está associada aos efeitos das distintas distribuições etárias das populações. Entretanto, esta limitação pode ser em parte eliminada através da técnica de padronização (ajustamento) das estruturas etárias.

    Problemas relacionados a sub-enumeração dos óbitos, principalmente naquelas áreas menos desenvolvidas, limitam o grau de confiança nesse indicador.

    Tendo em vista a ainda relativa precariedade da coleta das estatísticas de óbitos em expressivos espaços geográficos de algumas regiões brasileiras, principalmente no Norte e Nordeste, são feitas correções, nesta estatística, que exigem cálculos de sub-registro de óbitos. A precisão desses métodos varia com os pressupostos utilizados no seu cálculo.

    Finalmente, é usual trabalhar-se com médias trianuais de óbitos, o que vem a corrigir possíveis flutuações na enumeração desses eventos, em especial, em casos de locais com número reduzido de óbitos.

  5. Fonte

    IBGE: Censo Demográfico, contagens intercensitárias, pesquisas nacionais por amostras de domicílios (PNADs) e estimativas demográficas.

    Para o IDB-1998 foram utilizadas as TBM´s implícitas nas projeções populacionais, que se originaram das tábuas de mortalidade derivadas das mesmas projeções.

  6. Método de Cálculo

    Número total de óbitos no ano (corrigido)

    ----------------------------------- x 1.000

    População total residente

  7. Categorias de Análise

    Brasil, Grandes Regiões, Estados e Distrito Federal.

  8. Dados Estatísticos e Comentários

    Observa-se, no período 1991/1997, a variação negativa no indicador para todas as regiões brasileiras, sendo a queda mais intensa na região Nordeste, que apresentava as maiores taxas de mortalidade. No outro extremo tem-se o Sudeste, com a menor redução na taxa, fato que deve ter sido influenciado em boa medida pela ocorrência de óbitos motivados pela violência.

    1991

    1997

    Variação 1991/1997

    Brasil

    7,66

    7,03

    -8,22

    Norte

    6,33

    5,62

    -11,22

    Nordeste

    9,42

    8,02

    -14,86

    Sudeste

    7,28

    7,05

    -3,16

    Sul

    6,69

    6,41

    -4,19

    Centro-Oeste

    5,96

    5,61

    -5,87

    Para o ano de 97, encontra-se no estado da Paraíba a maior taxa bruta de mortalidade, 9,52 óbitos para cada mil pessoas.


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