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As informações do IDB são atualizadas anualmente. Sugerimos consultar a versão mais recente (http://www.datasus.gov.br/idb).
Qualificação de Indicadores do IDB-1997
D.3.2 - Prevalência anual de algumas doenças
Taxa de prevalência de hanseníase
(Coeficiente de prevalência de hanseníase)1. Conceituação:
Número de casos de hanseníase em residentes, expresso por 10 mil habitantes, existente em determinado local e período.
2. Interpretação:
Estima a magnitude da hanseníase na população, em um momento determinado.
No Brasil, as taxas de prevalência por 10 mil habitantes são classificadas em:
baixa (<1);
média (1 -- 4);
alta (5 9)
muito alta (10 - 19) e
situação hiperendêmica (³ 20).
Taxas baixas de prevalência (<1 caso por 10 mil habitantes) significam a eliminação da hanseníase como problema de saúde pública (meta para o ano 2000, estabelecida em 1991 na 44ª Assembléia Mundial de Saúde - OMS).
3. Usos:
Subsidiar processos de planejamento e gestão de políticas e ações de prevenção e controle da hanseníase, incluindo a previsão da necessidade de medicamentos.
Avaliar programas de prevenção e controle da hanseníase, considerando a meta de eliminação da doença e o resultado alcançado pela utilização do esquema terapêutico adotado.
4. Limitações:
- O indicador baseia-se na notificação de ocorrências e no acompanhamento de casos e óbitos. Tais condições são peculiares a cada área geográfica de desagregação dos dados e podem variar ao longo do tempo, em função de fatores como:
- ampliação das fontes de notificação;
- intensidade dos esforços realizados para o acompanhamento dos doentes;
- sensibilidade e especificidade de técnicas de diagnóstico e tratamento;
- mudanças nos critérios de classificação de casos.
- A compatibilização das informações sobre casos e óbitos registrados depende da integração dos sistemas de informação de mortalidade e de notificação, sem o que a prevalência poderá ser superestimada.
- As bases de dados dos sistemas estaduais e municipais de diagnóstico e notificação de casos, como também os de informação sobre mortalidade, apresentam expressivas variações de cobertura, quantitativas e qualitativas, com diferentes graus de registro, de coleta e de transmissão de dados.
- Registros podem estar desatualizados quanto à situação dos casos ao final do ano (curados, em tratamento, abandono de tratamento e óbitos).
- As estimativas populacionais disponíveis não são calculadas, em geral, para 31 de dezembro, quando se estima a taxa de prevalência de hanseníase.
- A longa e insidiosa evolução clínica da hanseníase condiciona o diagnóstico tardio, que resulta no acúmulo de casos não detectados (a chamada "prevalência oculta").
- A comparabilidade internacional dos dados é dificultada pela diferença de critérios para exclusão de casos do registro ativo. A OMS recomenda a exclusão dos pacientes que abandonam o tratamento (um ano sem comparecer ao serviço de saúde). No Brasil, esse critério é complementado com o tempo decorrido desde a data do diagnóstico (2 anos para casos paucibacilares e 4 anos para multibacilares).
5. Fonte :
- Ministério da Saúde/CENEPI: Sistema de Informações de Agravos Notificáveis (SINAN) e base de dados demográficos do IBGE.
- No IDB-1997, foi utilizada a Contagem da População, 1996, do IBGE.
6. Método de Cálculo :
Nº de casos existentes de hanseníase, em determinado local e período
----------------------------------------------------------------------------------------------------- x 10.000
População no mesmo local e período
7. Categorias de Análise:
Brasil, Grandes Regiões, Estados, Distrito Federal e Regiões Metropolitanas.
8. Dados Estatísticos e Comentários:
Grandes Regiões
1991
1996
BRASIL
18,5
6,7
Norte
19,3
Nordeste
6,8
Sudeste
4,8
Sul
3,0
Centro-Oeste
13,5
- Entre 1991 e 1996 observou-se redução de 64% nas taxas médias de prevalência para o país, como resultado de revisão de normas técnicas nacionais que determinaram:
- redução do tempo em que os casos de abandono de tratamento permanecem no registro ativo;
- atualização dos bancos de dados estaduais;
- aumento das altas por cura, após introdução da poliquimioterapia padronizada.
- As taxas calculadas para 1996 situam-se como muito altas nas regiões Norte e Centro-Oeste, alta na região Nordeste e médias nas regiões Sudeste e Sul, segundo parâmetros nacionais. Comparadas às taxas de 1992, observa-se redução acentuada no Sudeste e Sul, enquanto no Nordeste há pequena variação, que reflete aumento significativo na detecção de casos novos.
- Dois estados (AM e MT) apresentaram, em 1996, taxas de situação hiperendêmica. Taxas muito altas foram registradas nos demais estados da região Norte, além de MA, PE e GO. Em sete estados as taxas foram altas (PI, CE, MG, ES, RJ, PR e MS), sendo médias no DF e em outros sete estados (RN, PB, AL, SE, BA, SP e SC). Apenas Rio Grande do Sul, com taxa baixa, aingiu a meta de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública.
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