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Qualificação de Indicadores do IDB-1997
D.2.5 - Incidência anual de outras doenças transmissíveis
Malária: incidência parasitária anual
(Índice de positividade de malária)1. Conceituação:
A incidência parasitária anual (IPA) expressa o número de exames positivos de malária, expresso por mil habitantes, em determinado local e período.
2. Interpretação:
- Estima o risco de se adoecer por malária em determinado lugar.
- Classifica as áreas maláricas de acordo com o grau de risco. Área sem risco: IPA < 1 exame positivo por mil habitantes; área de baixo risco: IPA 1 a 9; área de médio risco: IPA 10 a 49; área de alto risco: IPA > 50.
- Os resultados apresentados para todo o município pode não revelar adequadamente a real situação de risco em suas diferentes localidades.
3. Usos:
- Subsidiar o processo de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde voltadas para o controle da malária
- Proceder análise comparada de situações da doença em diferentes tempos e lugares
4. Limitações:
- O indicador refere-se a lâminas, que pode ser um caso novo, uma recidiva ou várias lâminas de uma mesma pessoa.
- Recomenda-se a utilização desse indicador apenas para áreas endêmicas.
- A utilização do denominador (número de habitantes) pode dificultar a estratificação de áreas de risco, em especial, em municípios de maior densidade populacional.
5. Fontes:
- Ministério da Saúde/Fundação Nacional de Saúde: Sistema de Informação de Malária (SISMAL).
6. Método de Cálculo:
Nº de exames positivos registrados em determinado local e período
----------------------------------------------------------------------------- x 1.000
População da área, no mesmo local e período
7. Categorias de Análise:
Brasil, Unidades da Federação e Municípios, 1996
8. Dados Estatísticos e Comentários:
- Comportamento do IPA no período 1994 - 1997
Local
1994
1995
1996
(Variação 94/96)
BRASIL
11,5
7,7
2,8
(-8,7)
AMAZÔNIA
34,0
30,0
34,0
(0,0)
Acre
158,4
81,3
28,7
(-129,7)
Amazonas
29,8
22,6
29,3
(-0,5)
Amapá
38,1
54,0
53,8
(+15,7)
Maranhão
6,6
6,2
3,9
(-2,7)
Mato Grosso
95,0
29,1
16,8
(-78,2)
Pará
27,6
33,2
26,6
(-1,0)
Rondônia
101,4
97,5
78,6
(-22,8)
Roraima
278,1
164,2
143,5
(-134,6)
Tocantins
2,1
3,5
2,2
(+0,1)
- Os dados apresentados foram obtidos junto à GT/Malária da Fundação Nacional de Saúde/FNS.
- Ao analisá-los se faz necessário lembrar das limitações deste indicador ( não é, verdadeiramente, um indicador de incidência, trabalha com número de lâminas de sangue positivas e tem grandes problemas com o denominador ).
- Os dados apresentados para o país não têm grande significado para uma análise de comportamento mais apurada, uma vez que coloca no denominador grandes populações que estão em áreas sem nenhum risco de contrair malária.
- Da mesma forma deve-se ter cuidado ao analisar os dados globais para região Amazônica. E,para uma análise dos Estados, separadamente, deve-se ter em conta que a tendência muitas vezes apresentada não é representativa de todo o conjunto do Estado. Daí a necessidade de se fazer a análise cada vez mais estratificada e local. No caso em questão, observa-se que houve redução do IPA, no período estudado em quase todas as unidades federadas, com exceção dos Estados do Amapá e do Tocantins que apresentaram um incremento de 15,7 e 0,1 respectivamente. Entretanto isto não significa que, por exemplo nos Estados do Acre e de Roraima que apresentaram a maior redução, 129,7 e 134,6 não se possa encontrar localidades e até mesmo municípios onde estes valores são absolutamente inversos; ou seja, registramvalores de incremento e não de redução.
- É importante lembrar que os dados de população, para os anos de 1994 e 1995 foram dados estimados e, para o ano de 1996, trabalhou-se com dados do censo, o que é importante para a análise e interpretação dos valores obtidos para este indicador.