As informações do IDB são atualizadas anualmente. Sugerimos consultar a versão mais recente (http://www.datasus.gov.br/idb).
Qualificação de Indicadores do IDB-1997
A.5 - Taxa específica de fecundidade
1. Conceituação:
Número médio de nascidos vivos, tidos por mulher, por ano da faixa etária específica do período reprodutivo (dos 15 aos 49 anos de idade).
2. Interpretação:
- Mede a intensidade de fecundidade a que as mulheres estão sujeitas em cada grupo etário, dentro do período reprodutivo (dos 15 aos 49 anos de idade).
3. Usos:
- Analisar perfis de concentração da fecundidade por faixa etária.
- Detectar variações das taxas nos grupos de maior risco reprodutivo, representandos pelas faixas etárias extremas.
- Propiciar elementos para o cálculo de medidas sintéticas de fecundidade (taxa de fecundidade total, taxa bruta de reprodução e taxa líquida de reprodução).
- Possibilitar o estudo dinâmico da fecundidade mediante análise longitudinal, além de serem utilizadas nas hipóteses de projeções de população.
- Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação no campo da assistência materno-infantil (dimensionamento da oferta de serviços, ações para grupos de risco).
4. Limitações:
- As taxas de fecundidade por idade não são muito úteis para medir ou comparar o nível de fecundiddade de uma população. Para tal, dispõe-se do indicador "taxa de fecundidade total".
- O numerador da taxa refere-se à ocorrência dos nascidos vivos desagregados por faixas etárias das mulheres. Tais informações deveriam ser derivadas do Registro Civil (IBGE) ou do SINASC (MS). Como é do conhecimento geral, esta informação ainda é bastante subenumerada, necessitando, para tanto, de cálculos iniciais dos níveis de subregistro, nem sempre possíveis para áreas geográficas pequenas. Daí a alternativa de obter o numerador através do censo e das PNADs, e métodos indiretos para estimativa do número de nascimentos.
- O denominador da taxa (total de mulheres por faixas etárias) é derivado de estimativas populacionais, nem sempre disponíveis.
5. Fontes:
- IBGE: Censo Demográfico, contagens intercensitárias, pesquisas nacionais por amostras de domicílios (PNADs) e estimativas demopgráficas.
- No IDB-1997, os cálculos estão baseados nas PNADs, utilizando-se métodos indiretos para as estimativas dos nascimentos.
6. Método de Cálculo:
- Número de filhos nascidos vivos, em determinado período (geralmente um ano), segundo faixas etárias das mães, sobre a população feminina residente, da mesma faixa etária e período, ajustada para o meio do ano.
- As limitações apontadas obrigam os demógrafos a utilizar metodologias demográficas sofisticadas, geralmente aplicadas a levantamentos censitários e pesquisas domiciliares, para estimar o número de filhos nascidos vivos.
- As taxas específicas de fecundidade são obtidas após a aplicação de procedimentos demográficos específicos às informações sobre fecundidade acumulada e fecundidade corrente. A fecundidade acumulada é obtida, relacionando, para cada faixa etária das mulheres, o número de filhos tidos nascidos vivos pelo total de mulheres em cada faixa etária enquanto que a fecundidade corrente refere-se ao número de filhos tidos nascidos vivos nos últimos doze meses anteriores à data de cada pesquisa e o total de mulheres em cada faixa etária.
- Cada uma destas taxas é expressa por mil mulheres de certa idade, ou seja, independentemente do número de mulheres de cada idade e, portanto, independentemente da estrutura por idade.
7. Categorias de Análise:
- Brasil, Grandes Regiões, Estados e Distrito Federal.
- Faixas etárias: 15-19, 20-24, 25-29, 30-34, 35-39, 40-44 e 45-49 anos.
8. Dados Estatísticos e Comentários:
- não disponíveis.